A evolução da pandemia de Covid, ao longo de mais de um ano, é contada pelo rastro de destruição nos 102 municípios alagoanos. Pelo número de mortos até agora é como se Palestina, cidade de pouco mais de 5 mil habitantes, desaparecesse.
São mais mortos em Alagoas do que a quantidade de habitantes de pelo menos cinco cidades: Feliz Deserto, Belém, Jundiá, Mar Vermelho e Pindoba ou como se todos os moradores de Rio Largo, Palmeira dos Índios e Delmiro Gouveia, juntos, fossem infectados.
Quinze meses após a confirmação do primeiro caso em Alagoas, a Covid segue adoecendo e matando. A primeira morte pelo Sars-Cov-2 no estado foi anunciada no dia 31 de março de 2020. Desde então somos perto de 5 mil e, de todas as idades, que não resistiram à doença que se alastra numa velocidade que marca o Brasil como um dos mais afetados no mundo.
Em 10 dos 102 municípios alagoanos o número de óbitos, juntos, chega a 3,3 mil, quase 68% do total de mortes: Maceió, Arapiraca, Rio Largo, Palmeira dos Índios, Marechal Deodoro, Delmiro Gouveia, União dos Palmares, São Miguel dos Campos, Santana do Ipanema e Campo Alegre.
Por cem mil habitantes
Em relação ao número de mortos por Covid a cada cem mil habitantes, Maceió, Satuba, Roteiro, Marechal Deodoro e Rio Largo ocupam as primeiras cinco colocações, com mais vítimas. Têm, na sequência, 217; 216; 195; 184 e 181/cem mil. Na outra ponta, com menos vítimas estão São Brás, Jacaré dos Homens, Pindoba, Pariconha e Jaramataia.
Sobre os casos confirmados da doença, por cada cem mil habitantes, Marechal Deodoro, Arapiraca, Santana do Ipanema, Pilar e Palestina estão na frente. Respectivamente 11,3 mil; 11 mil; 8,9 mil; 8,8 mil e 8,3 mil. Maceió, que embora tenha mais mortes e notificações da doença, ficou em sexto.
Os dados constam no painel de informações interativas sobre a pandemia da Secretaria de Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag). No Nordeste, o painel de monitoramento dos casos de Covid do Ministério da Saúde mostra que a mortalidade por cem mil habitantes em Alagoas é de 147,5, maior apenas que no Maranhão, que chegou a 117,3 vítimas por cem mil habitantes.